Com o objetivo de construir futuras parcerias, pesquisadores do Núcleo estiveram na sede da instituição, em Washington, nesta sexta-feira, 24 de junho

As soluções foram apresentadas ao BID por quatro lideranças do NEES.

Um sistema de alerta para prevenir a evasão e o abandono escolar e uma ferramenta de correção automática de textos manuscritos. Esses foram os dois projetos do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES) que ganharam destaque durante o encontro com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

Realizados em parceria com o Ministério da Educação (MEC), os dois projetos estão em desenvolvimento e têm potencial para impactar positivamente a educação em outras regiões do mundo por meio, por exemplo, do estabelecimento de futuras parcerias entre o NEES e o BID. Discutir essas possibilidades foi um dos objetivos do encontro realizado nesta sexta-feira, 24 de junho, na sede do BID, em Washington, nos Estados Unidos.

Considerando os impactos da pandemia do coronavírus na educação, os dois projetos do NEES ganham ainda mais relevância. Diversos países têm enfrentado um aumento no abandono e na evasão escolar e identificado a necessidade de recuperar aprendizagens. No Brasil, por exemplo, o número de crianças e adolescentes fora da escola aumentou 171% no Brasil durante a pandemia, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O diretor do NEES, professor Ig, durante apresentação dos projetos ao BID.

No caso específico do sistema de alerta, a proposta dos pesquisadores é empregar a tecnologia para prever o futuro e possibilitar que os gestores educacionais atuem no presente para evitar que mais estudantes desistam de estudar. A partir do cruzamento de dados ― provenientes de questionários e de outras fontes governamentais ―, a ideia do projeto é criar uma solução para analisá-los e, por meio da utilização de modelos matemáticos preditivos, calcular o risco de evasão. Com esse sistema, será possível acompanhar e encaminhar ações personalizadas para os estudantes que apresentam maior risco.

Já a ferramenta de correção automática de textos manuscritos é uma solução tecnológica para apoiar o professor, facilitando e agilizando a correção de textos manuscritos. Usando ferramentas de inteligência artificial, os pesquisadores pretendem treinar os computadores na arte de corrigir e propiciar que os alunos sejam reunidos em grupos de acordo com o nível de dificuldades de escrita de cada um. Dessa forma, será possível ajudar os professores na árdua e desafiadora tarefa de ampliar as habilidades de escrita dos estudantes.

As soluções foram apresentado ao BID por quatro lideranças do NEES: o diretor, Ig Ibert Bittencourt, do Instituto de Computação da Universidade Federal de Alagoas (UFAL); Diego Dermeval, da Faculdade de Medicina da UFAL; Leonardo Brandão Marques, do Centro de Educação da UFAL; e Seiji Isotani, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Eles foram recebidos por Gabriela Gambi, consultora sênior do BID para transformação digital. Também participaram da reunião mais sete integrantes da equipe do Banco, alguns remotamente e outros de forma presencial.

Vale ressaltar que os dois projetos fazem parte do escopo das ações previstas pela Política Nacional para Recuperação das Aprendizagens na Educação Básica. Publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 24 de maio, a política tem como objetivo implementar estratégias, programas e ações para a recuperação das aprendizagens e o enfrentamento da evasão e do abandono escolar na educação básica. 

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do NEES/UFAL

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