O professor e pesquisador Seiji Isotani, um dos fundadores do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES), assumiu nesta sexta-feira (25) a presidência da Sociedade Internacional de Inteligência Artificial na Educação (IAIED). A posse ocorreu em Palermo, na Itália, durante a 26ª Conferência Internacional sobre Inteligência Artificial na Educação (AIED 2025), considerada a maior já realizada pela entidade.
Pela primeira vez, um cientista brasileiro estará à frente da IAIED, instituição que há mais de 30 anos reúne os principais pesquisadores do mundo dedicados à inteligência artificial aplicada à educação. Isotani comandará a entidade no biênio 2025-2027, sucedendo a pesquisadora Olga Santos.
Com a presidência da IAIED, Isotani passa a ocupar uma posição estratégica para promover, em escala global, os princípios de inclusão, equidade e inovação que vêm guiando o trabalho do NEES e de pesquisadores brasileiros na área.
Atualmente é professor da Universidade da Filadélfia, nos Estados Unidos, onde vai liderar iniciativas de IA na educação. Seiji foi docente da Universidade de São Paulo (USP) e professor visitante da Universidade de Harvard.
Seiji Isotani é doutor em Engenharia da Informação pela Universidade de Osaka, no Japão, e realizou pós-doutorado em ciências cognitivas na Carnegie Mellon University (EUA). Seu trabalho é reconhecido globalmente pelas contribuições à IA na educação e à gamificação da aprendizagem.
Fundado por Seiji em 2011, em parceria com os professores Alan Pedro e Ig Bittencourt, o NEES tem sede em Alagoas e é hoje um dos principais centros de pesquisa e inovação educacional do país. Suas ações já alcançaram mais de 30 milhões de estudantes, 1 milhão de professores e 180 mil escolas em todo o Brasil, integrando políticas públicas de grande escala como o Pé-de-Meia e o PNLD.
Liderança com impacto global
Há mais de 15 anos, Seiji Isotani lidera pesquisas que buscam compreender como a tecnologia pode tornar o processo de ensino-aprendizagem mais eficaz, personalizado e transformador. Suas contribuições incluem o desenvolvimento de ferramentas que adaptam o ensino ao perfil de cada estudante, mesmo em contextos com infraestrutura limitada, e metodologias de gamificação aplicadas à educação.
Desde 2017, atua também como assessor técnico e científico do Ministério da Educação (MEC), participando de projetos estratégicos voltados à transformação digital da educação pública. Foi um dos principais articuladores da inclusão da Computação na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e participou da formulação de políticas que já beneficiaram mais de 40 milhões de estudantes no Brasil.
