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Cofundador do NEES, Seiji Isotani é um dos melhores cientistas do Brasil em Ciência da Computação

5 de junho de 2025

Seiji Isontani - Foto por: Renner Boltrino
Seiji Isotani – Foto por: Renner Boltrino(Ascom/UFAL)

O pesquisador Seiji Isotani, um dos fundadores do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES), da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), está entre os melhores cientistas do Brasil em Ciência da Computação. Segundo a 11ª edição do ranking da plataforma Research.com, ele é o 26º colocado de uma lista com 62 brasileiros selecionados. Na área de Ciência da Computação, 40.470 cientistas do País foram examinados.

Para classificar cada pesquisador, a plataforma usou um indicador que considera o número de publicações e citações para a disciplina avaliada. A Research.com baseia-se em dados provenientes de uma ampla gama de fontes, incluindo OpenAlex e CrossRef. Premiações e conquistas acadêmicas também são consideradas. As informações para compor esse ranking foram coletadas em novembro do ano passado. 

“Esta posição no ranking é fruto direto de anos de colaboração com colegas fantásticos do NEES, do Brasil e de outros países do mundo. As ações que planejamos e executamos anos atrás agora começam a gerar frutos”, destaca Seiji Isotani, que é professor da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador visitante da Universidade de Harvard (EUA), além de presidente da Sociedade Internacional de Inteligência Artificial na Educação.

O objetivo da plataforma, ao elaborar o ranking, é motivar pesquisadores, empresas e órgãos administrativos em todo o mundo a investigar para onde os principais especialistas estão se direcionando e oferecer uma oportunidade para toda a comunidade científica conhecer os principais especialistas em disciplinas específicas, em vários países ou mesmo em instituições de pesquisa.

IMPACTO NA EDUCAÇÃO

O NEES foi fundado por Seiji 14 anos atrás, em 2011, juntamente com os pesquisadores Alan Pedro e Ig Bittencourt, professores da UFAL. As ações e projetos do núcleo, sediado em Alagoas, já beneficiaram mais de 30 milhões de estudantes, um milhão de professores e 180 mil escolas no Brasil. Programas governamentais importantes e de forte impacto social como Pé-de-Meia e PNLD têm a colaboração do time do NEES.

“Mais importante que o ranking é o impacto do trabalho realizado na aprendizagem dos alunos e o reconhecimento de diversas instituições nacionais e internacionais que olham o NEES e seus membros como atores altamente qualificados para desenhar e implementar políticas públicas educacionais usando tecnologias, em particular, inteligência artificial”, observa Seiji Isotani.

O cofundador do NEES é doutor em Engenharia da Informação pela Universidade de Osaka, no Japão, e trabalhou como pesquisador de pós-doutorado na Universidade Carnegie Mellon de 2009 a 2011. Seiji Isotani é reconhecido internacionalmente por suas contribuições à inteligência artificial na educação (IAE) e à gamificação da aprendizagem. 

Ao longo de mais de 15 anos, o professor da USP tem se destacado por liderar avanços significativos na compreensão de como as pessoas aprendem por meio de tecnologias educacionais interativas e inteligentes. Seu trabalho também abrange a formulação e implementação de políticas públicas voltadas a garantir que cada estudante tenha acesso a um ensino personalizado, significativo e transformador.

CONTRIBUIÇÕES

Entre suas principais contribuições, destacam-se iniciativas pioneiras que integram inteligência artificial em contextos educacionais com recursos limitados, além do desenvolvimento de ferramentas e métodos para personalizar a gamificação no ensino. Sua produção científica e tecnológica é amplamente reconhecida pelo impacto potencial na transformação dos ambientes de aprendizagem, tornando a educação mais eficaz, inclusiva e acessível em escala global.

Desde 2017, atua como assessor técnico e científico do Ministério da Educação, contribuindo para projetos estratégicos relacionados às tecnologias educacionais. Foi um dos responsáveis por liderar uma equipe de dezenas de colaboradores para a elaboração das normas da Computação na educação básica (BNCC Computação), além de participar ativamente da construção de políticas educacionais que já beneficiaram mais de 40 milhões de estudantes em todo o país.

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