O IA.EDU, iniciativa do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais NEES dedicada a ampliar o acesso equitativo à inteligência artificial na educação básica pública, foi reconhecido como um dos novos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) do País. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), através do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), contemplou 143 projetos em todo o Brasil, por meio de uma chamada pública.
O IA.Edu receberá R$ 10,5 milhões do MCTI e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (FAPEAL). Passa a ser INCT IA.Edu – Instituto Nacional de Inteligência Artificial na Educação Desplugada. O IA.Edu tem como objetivo promover pesquisas, debates e o desenvolvimento de soluções para políticas públicas da educação básica, com o uso da IA, mesmo em contextos com restrição de recursos.
“Ser reconhecido como INCT fortalece nosso compromisso com uma inteligência artificial acessível, segura e orientada pelo interesse público. O IA.EDU atua para ampliar o impacto da ciência brasileira na educação básica pública, desenvolvendo soluções baseadas em evidências, mesmo em contextos com pouca ou nenhuma conectividade. Queremos transformar políticas públicas educacionais a partir de realidades concretas do Sul Global”, destaca o professor Ig Bittencourt, coordenador do projeto e cofundador do IA.EDU.
É a primeira vez que a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a qual o NEES é vinculado, aprova dois INCTs. Além do IA.Edu, foi contemplado o Centro de Engenharias e Ciências Agrárias (Ceca), que passará a sediar o INCT de Bioinovações para Agricultura Sustentável. Com esses dois institutos, a UFAL passa a integrar uma rede brasileira para o fortalecimento da pesquisa científica e tecnológica do País e dedicada à investigação científica em temáticas estratégicas e ao enfrentamento a grandes desafios nacionais.

“Pela primeira vez, a UFAL conseguiu aprovar dois Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs). Nossos pesquisadores já integram INCTs no Brasil, mas muito nos orgulha termos aprovado dois deles em dois campus diferentes! Isso fortalece nossa expressão científica nacional e internacionalmente”, afirmou o reitor da UFAL, Josealdo Tonholo.
“O projeto do IA.Edu, pelo professor Ig Bittencourt, liderado pelo nosso Instituto de Computação, tem o respaldo de toda a estrutura do NEES, o nosso núcleo de desenvolvimento social e educação de excelência, e que tem hoje premiação por mais de 30 universidades do Brasil e do exterior. Esses avanços mostram claramente o quanto o time da UFAL está se devotando a fazer ciência, tecnologia, inovação de alta qualidade e de expressão nacional e internacional”, enfatizou Tonholo.
FORTALECIMENTO DA PESQUISA
O investimento total do governo federal e gestões estaduais será de R$ 1,63 bilhão, com maior aporte do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), gerido pelo MCTI, R$1,09 bilhão. Nove fundações estaduais parceiras (Fapesp, Faperj, Fapemig, Fapes, Fundect, Araucária, Fapepi, FAPEAL e FAPERGS) investiram, ao todo, R$ 428,8 milhões; o Ministério da Saúde investiu R$ 100 milhões; e a Capes, R$ 26 milhões.
“Esse é um dos programas mais fundamentais de toda a ciência brasileira para fortalecer e aprimorar o nível da pesquisa no país. A chamada foi bastante robusta, um recorde histórico para chamadas em INCT, com uma demanda muito bem qualificada”, afirmou o presidente do CNPq, Ricardo Galvão.
Envolvendo projetos de pesquisa de temáticas complexas, os institutos são formados por grandes redes nacionais de pesquisa, com grande ênfase na cooperação internacional e voltadas ao desenvolvimento de projetos de alto impacto científico e tecnológico.
(Com informações da Ascom do CNPQ e da UFAL)