Com o objetivo de melhorar a aprendizagem de estudantes de pequenos municípios brasileiros, pesquisadores do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES) estão desenvolvendo a Jornada da Equidade Educacional. A iniciativa foi apresentada na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
A pesquisadora Alessandra Debone, que coordena o projeto, participa desde a semana passada de reuniões com docentes da universidade americana ligados a Kennedy School of Government e a Harvard Graduate School of Education. Na equipe que integra a criação e desenho da solução estão Gabriela Tamura, Manoela Pereira Miranda e Yara Duque.
Professor Ig Ibert Bittencourt conquistou Ordem Nacional do Mérito Educativo, destinada a personalidades que contribuíram de maneira excepcional para o desenvolvimento da educação no Brasil
A mais alta honraria pública da área educacional acaba de ser conquistada pelo professor e pesquisador Ig Ibert Bittencourt, um dos fundadores do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). A cerimônia de premiação da Ordem Nacional do Mérito Educativo aconteceu na última sexta-feira, 16 de dezembro, em Brasília.
“Foi incrível, muito emocionante. Passou um filme na minha cabeça: tudo pelo que lutamos, gastamos energia, viramos noites, não dormimos, viajamos de madrugada, nos desgastamos… No fim das contas, a gente vê que está no caminho certo, contribuindo com o país. É muito gratificante, estou muito feliz. Esse é um fruto do trabalho do NEES”, declarou o professor ao final do evento.
A Ordem Nacional do Mérito Educativo existe desde 1955 e tem por finalidade agraciar personalidades, nacionais ou estrangeiras, que tenham contribuído de maneira excepcional para o desenvolvimento da educação. A Ordem possui cinco graus: grã-cruz, grande oficial, comendador, oficial e cavaleiro. Bittencourt foi indicado pelo Ministério da Educação (MEC) para receber a condecoração no grau de oficial.
“Essa é uma honraria para todos os membros do NEES, que têm lutado incansavelmente, diuturnamente, para contribuir com a educação brasileira”, revela o professor da UFAL e pesquisador visitante da Escola de Educação da Universidade Harvard.
Desafiados a propor ideias inovadoras para apoiar outros jovens na escolha profissional, os estudantes que conquistaram o primeiro lugar nas cinco categorias do concurso foram reconhecidos durante evento em Brasília
Eles se deslocaram do Amazonas, do Mato Grosso do Sul, de Minas Gerais e de Goiás especialmente para participar da segunda edição daSemana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica, em Brasília, no dia 3 de dezembro. Para a maioria deles, foi a primeira vez que tiveram a oportunidade de pisar na capital do país, de viajar de avião e de ter suas ideias reconhecidas em um evento de tal magnitude.
Vivenciar essa experiência foi parte da premiação recebida por cinco jovens como reconhecimento por conquistarem o primeiro lugar em uma das categorias do Desafio Soutec, um concurso técnico-cultural que desafiou estudantes do 9o ano do Ensino Fundamental e do 1o ano do Ensino Médio de escolas públicas. Foram premiados: Ana Rebeca Costa Pinheiro, que propôs estratégias para estimular o uso do aplicativo Soutec; Ângelo Zabata, que sugeriu aprimoramentos para o aplicativo ficar mais atraente; Débora Campos Viegas, que recomendou adaptações para tornar o Soutec mais acessível e inclusivo; Igor Gabriel Silva Nogueira, que apresentou ideias de soluções tecnológicas inovadoras para ajudar na escolha profissional; e Marlon Martins Soares, que pensou em novas funcionalidades para o aplicativo.
Primeiro brasileiro eleito para participar do comitê executivo da instituição, Seiji Isotani é pesquisador do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais
Pela primeira vez, um brasileiro fará parte da principal instituição internacional responsável por avanços científicos no uso, na aplicação e no desenvolvimento da inteligência artificial na educação. Ao ser eleito para o comitê executivo da Sociedade Internacional de Inteligência Artificial na Educação ―International Artificial Intelligence in Education Society (IAIED) ―, o professor Seiji Isotani contribui para que a ciência produzida no Brasil seja reconhecida e valorizada.
Pesquisador do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES), Isotani é professor titular do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Formado em Ciências de Computação pela USP, onde também fez mestrado, ele concluiu o doutorado em Engenharia da Informação na Osaka University, no Japão, e o pós-doutorado em Ciências Cognitivas na Carnegie Mellon University, nos Estados Unidos.
“O foco de minhas pesquisas sempre foi o desenvolvimento e a aplicação das técnicas de computação para apoiar e transformar as atividades de ensino e aprendizagem”, revela o professor. Reconhecido internacionalmente por seus trabalhos abordando temáticas como inteligência artificial na educação, gamificação, aprendizagem colaborativa com suporte computacional e dados abertos conectados, Isotani está na lista dos 20 pesquisadores mais citados no mundo nesses campos de atuação, de acordo com o Google Scholar.