“Os núcleos de inovação são essenciais para potencializar a educação híbrida. É uma ação que complementa a formação dos alunos não só do Pará, mas de todo o país”. A afirmação foi do ministro da Educação, Camilo Santana, durante inauguração de quatro núcleos da Rede de Inovação para a Educação Híbrida (RIEH) no Pará, na última quinta-feira (11). A rede é fruto de uma parceria entre o Ministério da Educação (MEC) e o Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES), da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Com investimentos de R$ 3,7 milhões dos governos federal e estadual, os núcleos foram implantados nas cidades paraenses de Belém, Breves, Marabá e Santarém, beneficiando mais de 300 mil estudantes do ensino médio de escolas públicas. Os núcleos oferecem um espaço que vai além do ambiente escolar tradicional, disponibilizando equipamentos tecnológicos que permitem a produção de materiais audiovisuais para a implantação do modelo de educação híbrida.
Atualmente a RIEH tem 43 núcleos de inovação entregues. A meta é chegar a 52 até o final de 2025. A rede integra a Política Nacional do Ensino Médio e o Pacto Nacional pela Recomposição das Aprendizagens. A iniciativa promove o uso de tecnologias e metodologias inovadoras, ao mesmo tempo em que fomenta a cooperação entre as 24 unidades federativas participantes, compartilhando recursos e experiências para fortalecer a educação híbrida em todo o Brasil.
SOLENIDADE
O evento de inauguração ocorreu no Centro de Formação dos Profissionais da Atenção Básica do Estado do Pará (Cefor), localizado no Instituto de Educação do Estado do Pará (IEEP), em Belém. Também estiveram presentes na cerimônia a secretária de Educação Básica do MEC, Katia Schweickardt; o secretário de Educação do Pará, Ricardo Sefer, o coordenador nacional da RIEH e pesquisador do NEES, Ibsen Bittencourt, além de estudantes e professores da rede pública de ensino.
“Eu queria parabenizar toda a equipe de Breves, Marabá, Santarém e aqui de Belém. Que vocês possam utilizar essa ferramenta para aperfeiçoar e melhorar a qualidade da aprendizagem de todos os alunos e professores do Pará. O estado tem avançado significativamente nos resultados da qualidade da educação”, destacou Camilo Santana.
O secretário de Educação Ricardo Sefer ressaltou a relevância da RIEH para a comunidade escolar paraense. “Esta iniciativa é encantadora, promissora e já está mobilizando nossas equipes com energia e dedicação para desenvolver formações e ações baseadas em tecnologia. É um olhar humano e cuidadoso para a educação no nosso estado”, disse Ricardo.




DIVERSIDADE E VALORIZAÇÃO CULTURAL
O coordenador de Tecnologia Aplicada à Educação (CTAE) da Seduc/PA, Jó Helder Vasconcelos, explicou que os núcleos vão permitir a produção de conteúdos contextualizados e regionalizados, valorizando a diversidade cultural do Pará.
“Os estúdios do Cefor foram implantados para produzir conteúdo para professores, mas também vão servir à comunidade estudantil. A ideia é diversificar e regionalizar a produção, incluindo conteúdos feitos por professores, alunos e escolas locais. Isso valoriza nossas culturas indígena, quilombola e demais, e promove a contextualização do ensino, fortalecendo o apoio pedagógico e a recomposição das aprendizagens”, comentou Jó.
O professor Paulo Davi, que atua na área de informática educacional, ressaltou que a RIEH representa um avanço no uso pedagógico das tecnologias e na formação integral dos estudantes. “Esses núcleos vão possibilitar que os professores explorem ferramentas tecnológicas de forma criativa e alinhada ao currículo, criando vídeos, podcasts e outros materiais digitais. Isso amplia o engajamento dos alunos e contribui para o desenvolvimento de habilidades essenciais, aproximando a escola da realidade tecnológica que eles já vivenciam no cotidiano”, observou.
(Com informações da Ascom do MEC e da Agência Pará)