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A pesquisa em IA na educação deve ser uma ponte para um futuro, defende pesquisador do NEES neste Dia Internacional da Educação

24 de janeiro de 2025

Rafael Ferreira Mello

Nesta sexta-feira (24), Dia Internacional da Educação, promovido pela Unesco, que destaca o tema “IA e Educação: Preservar a Autonomia Humana num Mundo de Automação”, é um momento oportuno discutir como a inteligência artificial pode transformar práticas educacionais sem comprometer os valores humanos fundamentais.

Nesse cenário, iniciativas desenvolvidas pelo Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES) têm mostrado que o grande potencial da IA na educação não reside apenas na automação de tarefas, mas na sua capacidade de enriquecer os processos de ensino e aprendizagem de forma intencional, inclusiva e adaptada às realidades locais. 

As pesquisas conduzidas por nós, pesquisadores do NEES, reforçam que a integração da inteligência artificial na educação deve ir além da simples adoção de tecnologias disponíveis. Temos o compromisso em planejar e desenvolver soluções que respeitem as realidades culturais, sociais e pedagógicas, promovendo um impacto positivo e significativo na aprendizagem.

Destaco três pontos importantes para a adoção de IA na educação. O primeiro é a intencionalidade. A adoção de tecnologias de IA na educação não deve ser motivada apenas pela disponibilidade no mercado, mas sim por uma visão intencional que priorize as necessidades dos estudantes e professores. 

Além disso, é importante ressaltar que a tecnologia por si só não resolve os problemas se não estiver alinhada a uma metodologia que esteja de acordo com os objetivos de aprendizagem de um determinado cenário educacional.

Outra contribuição importante é a ideia de que a implementação da IA em contextos educacionais não requer, necessariamente, o uso direto de tecnologia por parte dos alunos. Um exemplo é a IA desplugada, um conceito em expansão no Brasil que busca soluções aplicáveis em contextos com infraestrutura tecnológica limitada. 

Tecnologias como sistemas baseados em IA para a digitalização e correção de redações escritas à mão, desenvolvidas por equipes como a do NEES, exemplificam como a inovação pode atender realidades diversas, reduzindo custos e ampliando o impacto da educação, especialmente em regiões menos favorecidas.

Por fim, a integração da IA na educação precisa estar dentro do contexto local. Ferramentas genéricas, como chatbots amplamente disponíveis, podem falhar ao não considerar as nuances pedagógicas e sociais específicas de comunidades locais. 

Pesquisas do NEES têm destacado a necessidade de adaptar soluções de IA às realidades culturais, linguísticas e pedagógicas para garantir que essas tecnologias realmente atendam às necessidades dos professores e alunos, fortalecendo o papel da educação como um direito humano universal. 

O tema proposto pela Unesco para o Dia Internacional da Educação em 2025 nos ajuda a entender ainda mais que o papel da pesquisa em IA educacional deve ser uma ponte para um futuro, onde a tecnologia é desenvolvida para ampliar o potencial humano, preservando a autonomia e valorizando a diversidade em todos os contextos educacionais. 

Rafael Ferreira Mello é phD em Ciência da Computação, pesquisador do NEES, professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e pesquisador sênior da CESAR School. É líder em dois projetos de âmbito nacional, financiados pelo MEC, que envolvem IA.

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