Confira, a seguir, alguns projetos que estão sendo desenvolvidos atualmente pelos pesquisadores do NEES.
Soutec: tem sempre um curso técnico que é a sua cara
Estimular os estudantes brasileiros a escolher um curso técnico sob medida para atender a cada perfil de interesses. Esse é um dos principais objetivos de um software criado pelo NEES a pedido da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC).
Com a ferramenta, um aplicativo chamado SouTec, o jovem pode responder 72 questões que avaliam suas preferências relacionadas a atividades de trabalho. Na sequência, o aplicativo relaciona, automaticamente, esse resultado às características dos 215 cursos disponíveis no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT). Então, o aplicativo recomenda as opções que atendem de forma mais adequada a cada perfil de interesses.
A ferramenta possibilita, ainda, personalizar as buscas usando critérios como a localização em que o curso é oferecido, de acordo com a distância de onde os estudantes moram. Também é possível favoritar as opções e as instituições prediletas.
O aplicativo Soutec já está disponível para download gratuito neste link (sistema operacional Android ou IOS): https://linktr.ee/soutec
Saiba mais: www.nees.ufal.br/soutec
Rede de Inovação para Educação Híbrida
Promover e implementar estratégias de educação híbrida em todos os estados brasileiros. Esse é o objetivo da Rede de Inovação para Educação Híbrida, projeto que está sendo desenvolvido pelo Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), em parceria com o Ministério da Educação (MEC). A meta é integrar o Ministério e as secretarias de educação dos estados brasileiros, multiplicando as oportunidades de aprendizado.
Entre as muitas possíveis definições para a educação híbrida, os especialistas do NEES ressaltam que ela pode ser compreendida como a integração entre a educação não presencial, ou seja, mediada por tecnologias de informação e comunicação, e a educação presencial, face a face. A modalidade em muito se difere do chamado ensino emergencial remoto, que foi adotado em todo o mundo quando a pandemia de covid-19 obrigou as instituições de ensino a paralisarem as atividades presenciais. No caso da educação híbrida, o que se almeja obter é uma combinação ótima entre estratégicas pedagógicas presenciais e não presenciais, possibilitando que o desenvolvimento educacional possa ocorrer em diferentes espaços e tempos.
Para alcançar esse objetivo, é fundamental ter à disposição uma adequada infraestrutura, consolidar e compartilhar boas experiências, além de qualificar recursos humanos em todo o país. Estão previstas ações em várias frentes, que resultarão na criação de:
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- 52 Núcleos de Inovação para Educação Híbrida, que serão instalados futuramente em todas as regiões do Brasil;
- um ambiente virtual de aprendizagem sob medida para os estudantes que estão matriculados no ensino médio;
- repositório de recursos educacionais tais como vídeos, textos, áudios, imagens, animações, planos de aula e outros materiais pedagógicos;
- Observatório da Educação Híbrida, espaço destinado a monitorar e avaliar o funcionamento da Rede, acompanhando seu desempenho e a evolução, além de propor melhorias e inovações para aprimorar a educação híbrida e o ensino médio no país.
Evasão e abandono escolar: empregando a tecnologia para prever o futuro e agir no presente
Considerando os impactos da pandemia do coronavírus na educação, diversos países têm enfrentado um aumento no abandono e na evasão escolar. No Brasil, por exemplo, o número de crianças e adolescentes fora da escola aumentou 171% durante a pandemia, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O abandono acontece quando o estudante deixa de frequentar a escola antes do término do ano letivo, sem requerer formalmente a sua transferência para outra instituição de ensino. Já a evasão ocorre quando não é efetuada a matrícula para dar continuidade aos estudos no próximo ano letivo.
A proposta do projeto do NEES é empregar ferramentas matemáticas e computacionais para prever o futuro e possibilitar que os gestores educacionais atuem no presente a fim de evitar que os estudantes desistam de ir à escola. A partir da coleta de uma série de dados ― fruto de questionários preenchidos por alunos e gestores mais dados educacionais provenientes de diversas fontes ―, a ideia do projeto é criar uma solução para analisá-los e, por meio da utilização de modelos matemáticos preditivos, calcular o risco de evasão e de abandono. Com esse sistema, será possível acompanhar e encaminhar ações personalizadas para os estudantes que apresentarem maior risco.
Vale ressaltar que o projeto faz parte do escopo das ações previstas pela Política Nacional para Recuperação das Aprendizagens na Educação Básica. Publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 24 de maio de 2022, a política tem como objetivo implementar estratégias, programas e ações para a recuperação das aprendizagens e o enfrentamento da evasão e do abandono escolar na educação básica.
Uma solução tecnológica para apoiar o professor, facilitando e agilizando a correção de textos manuscritos
O objetivo do projeto é construir um corretor automático de textos manuscritos usando ferramentas de inteligência artificial. O primeiro passo para criar a solução consiste na obtenção de um grande banco de redações e avaliações de alunos de todo o Brasil.
Esses materiais servirão de base para treinar os computadores na arte de corrigir. Para facilitar essa coleta, foi desenvolvido um aplicativo de digitalização de textos manuscritos, que está disponível no link a seguir: https://abre.ai/ejw4
Já foram coletados mais de 53 mil textos manuscritos e a proposta é criar um modelo de avaliação textual e colocá-lo em funcionamento antes do final de 2022. Com o projeto, os pesquisadores esperam apoiar os professores brasileiros na árdua e desafiadora tarefa de ampliar as habilidades de escrita dos estudantes.
Ações em prol do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD)
Estão sendo realizados vários projetos relacionados ao PNLD, em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e a Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério de Educação (MEC).
Os pesquisadores do NEES realizam ações como, por exemplo:
- criação de um sistema de avaliação, catalogação e seleção de obras, materiais didáticos e recursos digitais;
- concepção, testes e especificação de um modelo de insumos para qualificação de conteúdos digitais;
- desenvolvimento e gestão de guias digitais para apoio na escolha de livros pelas escolas.
Plataforma de gestão democrática de atos normativos da área educacional
Construção e mapeamento de processos necessários para uma efetiva manutenção dos atos normativos da área educacional, de forma padronizada com os conselhos de educação (estaduais e municipais). A plataforma possibilita acompanhar o desenvolvimento das políticas públicas educacionais no Brasil, de maneira indexada e georreferenciada, a fim de contribuir para facilitar seu acompanhamento e a validação a partir de evidências.
Plataforma Nacional de Planos de Educação (PNE)
Considerando os diversos planos de educação desenvolvidos em âmbito municipal, estadual e federal, o objetivo do projeto é viabilizar a consulta e o acompanhamento de todos esses planos em âmbito nacional. Para isso, é necessário avaliar, planejar e integrar os processos e sistemas que subsidiam o ecossistema educacional. Só assim, será possível promover uma transformação digital que possibilite a consulta, o monitoramento e a avaliação de todos os planos de educação.