“O Brasil já é uma potência em inteligência artificial na educação”, diz Seiji Isotani, pesquisador do NEES, em palestra na Brazil Conference 2024

Foto: Reprodução/Brazil Conference via YouTube

“O Brasil já é uma potência em inteligência artificial na educação, criando soluções não só para o país como para o Sul Global. Precisamos de cabeças pensantes, inovadoras e  criativas para que a gente consiga construir um futuro melhor, usando a inteligência artificial em prol da educação para todos”.

Assim o professor e pesquisador Seiji Isotani, um dos dos fundadores do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES), encerrou sua palestra na 10º edição da Brazil Conference 2024, evento realizado nos dias 6 e 7 de abril, em Cambridge, nos Estados Unidos, nas Universidades do MIT e Harvard.

“Ano passado eu disse que o Brasil poderia se tornar uma potência em tecnologia. Hoje eu falo que já somos essa potência”, destacou Seiji. Professor da Universidade de São Paulo (USP) e atualmente docente titular visitante em educação da Universidade de Harvard, Seiji lidera um dos mais produtivos e influentes grupos de pesquisa do mundo sobre gamificação para fins educacionais.

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Seiji Isotani, pesquisador do NEES, fala ao Nexo Jornal sobre inteligência artificial aplicada à educação desplugada

 

Seiji Isotani

Pesquisador do NEES e professor da Universidade de São Paulo (USP), Seiji Isotani concedeu entrevista para o Nexo Jornal. Falou sobre o impacto da inteligência artificial aplicada à educação. Também destacou a realidade de muitas escolas brasileiras e do Sul Global que não possuem infraestrutura tecnológica. E citou o que chama de “Inteligência Artificial aplicada à educação desplugada”.

Atualmente, Seiji Isotani está como docente visitante na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Ele e outros pesquisadores do NEES estão desenvolvendo ferramentas com o uso da inteligência artificial para ajudar justamente alunos e professores que dispõem de pouca ou nenhuma conectividade.

Segundo Isotani, é a partir dessa realidade que a “inteligência artificial aplicada à educação desplugada” é estabelecida, uma vez que locais carentes de estrutura e recursos podem ser beneficiados por estratégias que visam a redução do que o pesquisador chama de “divisão digital”, disse o pesquisador ao Nexo Jornal.

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“A tecnologia deve ser aproveitada para ajudar nossas crianças a cada vez mais crescerem, avançarem e olharem para o futuro”, destaca o professor Seiji Isotani

 

Seiji Isotani, veste terno cinza e camisa cor de vinho por baixo, sorri levemente para a foto

Pesquisador do NEES e professor da Universidade de São Paulo (USP), Seiji Isotani está como docente visitante na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, desde julho do ano passado.

Um dos pioneiros no desenvolvimento de tecnologias educacionais interativas no Brasil, ele figura na lista dos 20 pesquisadores mais citados no mundo em suas áreas de atuação, segundo o Google Scholar.

No território estadunidense, Seiji Isotani integra um grupo que desenvolve pesquisas, tecnologias e abordagens para melhorar políticas públicas no Brasil, mas que podem ser utilizadas em outros países com contexto semelhante ao brasileiro. 

“Colaboro com pesquisadores interessados na temática de tecnologia, de inteligência artificial, de política pública”, explica o professor

Em uma breve visita ao Brasil em maio, Seiji Isotani comentou sobre assuntos como Chat GPT, inteligência artificial (IA) e como a tecnologia pode ajudar a diminuir os impactos negativos da pandemia de covid-19 na educação pública brasileira.

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