Alessandra Debone (E) e Lilian Bacich debateram sobre a educação híbrida e o desenvolvimento integral dos estudantes. Conversa foi mediada pelo jornalista João Felipe Cândido

A educação híbrida foi um dos temas abordados durante a Bett Brasil, maior evento de Inovação e Tecnologia para Educação na América Latina que aconteceu em São Paulo entre 23 e 26 de abril. A coordenadora de implantação da Rede de Inovação para Educação Híbrida (RIEH), Alessandra Debone, foi uma das palestrantes.

A RIEH é uma iniciativa do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES) em parceria com o Ministério da Educação (MEC). Alessandra Debone e a diretora da Tríade Educacional, Lilian Bacich, debateram sobre a educação híbrida e o desenvolvimento integral dos estudantes.

“A educação híbrida permite uma maior autonomia do estudante perante o seu aprendizado. Falamos sobre os desafios da implementação desse modelo e como rodar isso dentro da sala de aula”, destacou Alessandra.

Ela apresentou exemplos de aplicabilidade da educação híbrida dentro da RIEH e como os Estados brasileiros estão se preparando e formando os seus professores. Alessandra citou a experiência do Acre, de Pernambuco e do Distrito Federal. 

A RIEH, que é coordenada pelo NEES, apoia as Secretarias Estaduais de Educação para que implementem a educação híbrida nas escolas públicas de ensino médio. O governo federal planeja implementar 52 núcleos de inovação da RIEH em 23 unidades da federação e no Distrito Federal.

“Cada vez mais temos acesso a conteúdos online. A educação híbrida  ensina o estudante a como lidar com essa disponibilidade de informações e como aproveitá-las para o próprio aprendizado”, observa Alessandra

“Outra questão é a personalização. A educação híbrida permite que o professor colete informações dos seus estudantes e prepare uma aula muito mais alinhada com as necessidades do aluno ou de um grupo específico de alunos”, comentou Alessandra

Alessandra Debone (primeira à esquerda) foi convidada a integrar Grupo de Trabalho sobre Inovação em Governo.

“Daí a importância do professor estar formado para isso. Porque não adianta querer que o aluno tenha autonomia no seu aprendizado se o professor também não tem autonomia no seu próprio aprendizado”, afirmou Alessandra. “A gente precisa desenvolver esse professor e isso não é uma formação simples. É uma formação prática”.

INOVAÇÃO

Na semana passada, Alessandra Debone também participou de uma reunião do Grupo de Trabalho sobre Inovação em Governo. Ela foi convidada para integrar o grupo que é formado por representantes de diferentes áreas do governo como Senado, Enap, Fiocruz, INSS e outras. Ela apresentou diversas iniciativas do NEES e os resultados dessas ações.

Além da RIEH, Alessandra atua, no NEES, na coordenação da Jornada da Equidade, um programa que apoia pequenos municípios brasileiros na construção e disseminação de soluções locais para melhoria da aprendizagem.